11 de junho de 2011

CALAMIDADE PÚBLICA em Roraima

CALAMIDADE PÚBLICA – Dilma libera R$ 15 milhões, mas Anchieta queria mais


Anchieta Júnior, com cara de ‘poucos amigos’: “O valor liberado é pouco”


O Estado de Roraima enfrenta a maior tragédia natural de sua história, devido às fortes chuvas que se abateram sobre o Estado nos últimos dias. São milhares de famílias desalojadas e os prejuízos incalculáveis. A capital, Boa Vista, continua isolada por via terrestre do restante do Brasil (pela BR-174) e da Guiana (BR-401), devido a água ter invadido a pista, impedindo o tráfego de veículos. No interior, a situação não é diferente.


Diante dessa situação, o governador Anchieta Júnior (PSDB) decretou estado de calamidade pública e, em seguida, foi à Brasília em busca de ajuda do Governo Federal. Na quinta-feira (9), retornou à Boa Vista, acompanhado do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Filho. O ministro anunciou que a presidente Dilma Rousseff, sensibilizada com a tragédia em Roraima, liberou R$ 15 milhões para que o Governo do Estado resolva os problemas causados pelas chuvas.

Os recursos deverão estar disponíveis até o final desta semana. Desse montante, segundo o ministro, R$ 10 milhões serão destinados para a recuperação de rodovias, estradas vicinais e pontes. O restante – R$ 5 milhões – será para a compra de alimentos, medicamentos e alojamentos. O ministro enfatizou que mais recursos poderão ser liberados, posteriormente, caso seja necessário. Entretanto, os R$ 15 milhões prometidos pelo Governo Dilma representam somente metade do que pretendia Anchieta (R$ 30 milhões).

Durante a coletiva com o ministro, na quinta-feira, Anchieta não reclamou, mas na manhã do dia seguinte, durante entrevista ao vivo à TV Roraima (canal 4, Globo), o governador Anchieta não escondeu sua insatisfação com o valor anunciado, bem aquém do que ele esperava receber, confiante que estava por ser amigo e partidário do líder do Governo no Senado, Romero Jucá (PMDB).

O secretário de Estado da Comunicação Social, Rui Figueiredo, classificou a ajuda do Governo Federal de “parcos R$ 15 milhões”, também deixando transparecer sua decepção. O comentário foi feito em seu perfil no Facebook (www.facebook.com). “A ajuda do Governo Federal no combate às causas das enchentes em Roraima será de parcos R$ 15 milhões. O dinheiro é insuficiente para reconstruir estradas e pontes e para as ações de assistência aos moradores. A situação geral do Estado é dramática”, disse.

CHUVAS EM RR – Caracaraí enfrenta a pior enchente de sua história

FONTE: JORNAL FOLHA DE BOA VISTA


CHUVAS EM RR – Caracaraí enfrenta a pior enchente de sua história



Canoas são hoje o meio de transporte mais comum nas ruas de Caracaraí


Caracaraí (RR) – Há 22 anos morando em Caracaraí, ‘Dona’ Joana Alves Barros da Silva nunca havia visto uma situação semelhante a essa pela qual a cidade passa hoje (devido à cheia do rio Branco devido às fortes chuvas que têm caído no Estado nos últimos dias), que no final da tarde desta quarta-feira (8) chegou à marca dos 11,08m acima do seu nível normal. Em Boa Vista, circulou a informação que a cidade seria evacuada e a ponte do rio Branco teria desabado, mas por enquanto isso não passa de boato.


Desde o último domingo (5), que a cidade esta cerca de 80% alagada e, pelos cálculos dos moradores, falta muito pouco para que essa inundação chegue a 100%. A principal Avenida Dr. Zane, principal da cidade, mais parece o leito de um rio caudaloso. O Fórum da cidade esta ilhado, assim como os estabelecimentos comerciais e residências localizadas nessa avenida. Informações extraoficiais dão conta de que mais de 500 pessoas estão desalojadas, entre aquelas famílias que estão nos ginásios das escolas e na casa de parentes.


Dona Joana também teve sua casa alagada, mas ainda consegue ajudar quem ficou em situação pior que a dela

É nessa mesma via onde mora a Dona Joana, que ainda esta em uma situação ‘confortável’, diante do desespero dos demais moradores. “Nossa casa tem dois pisos e não precisamos sair, mas o primeiro piso esta todo alagado. As demais pessoas que têm casas simples, todas estão em situação difícil. Tivemos que abrigar muita gente que teve suas casas alagadas. Outros amigos, tivemos que mandar para ouras casas que ainda não foram atingidas aqui, ou em Boa Vista. Estamos isolados, só tem gente no hotel, no outro lado de casa e o resto esta todo alagado”, informou.


Vereador Carapanã: "Hoje Caracaraí precisa de apoio do Governo, mas até agora nada"

De acordo com o vereador Gildeci Carapanã (PR), que há 16 anos mora em Caracaraí, essa é a primeira vez que a cidade enfrenta uma calamidade dessa magnitude. “Eu nunca tinha visto o rio invadir a cidade como agora. Hoje, Caracaraí esta nessas condições, com as pessoas precisando de apoio do Governo, mas até agora nada. Só o vice-governador Chico Rodrigues veio aqui, mas de helicóptero e foi somente para dizer que os únicos locais que estão alagados são a CERR e a orla. Ele não conhece a realidade da cidade”, afirmou.

População assustada e sem apoio


Vereador Julinho: "A água já passa de um metro dentro dos estabelecimentos"

Ainda segundo Carapanã, o único apoio que o Governo estadual enviou até agora foram a Defesa Civil e a Polícia Militar. “Mas estão trabalhando de forma desorganizada, porque as pessoas que precisam transportar seus pertences para outros locais estão pagando transporte, além do fato que a população não tem informações sobre a quem recorrer e de como proceder diante dessa situação”, denunciou.

A classe empresarial é uma das mais prejudicadas e já contabiliza prejuízos incalculáveis. De acordo com o empresário e ex-prefeito Preto Severo, os comerciantes não têm condições de retirar suas mercadorias das prateleiras. “Não sabemos o que vai acontecer amanhã ou depois. Até agora, toda a população esta unida, no intuito de ajudar, mas o nosso futuro é incerto”, desabafou.

WIRISMAR RAMOS – da Redação (e-mail: wirismar@gmail.com)




9 de maio de 2010

Chimarrão: beba saúde

Além de reunir pessoas, proporcionar momentos de descanso e rodas de conversa, a erva-mate traz benefícios à saúde. O consumo da erva-mate, que faz parte do chimarrão, diminui o nível de colesterol e triglicerídeos e evita doenças.

Além de isenta de calorias (que são agregadas a partir da combinação com outros nutrientes), a erva traz em sua composição as vitaminas C e D, assim como as do complexo B, além de sais minerais (cálcio, manganês e potássio). Também combate os radicais livres, pois auxilia na digestão e produz efeitos antirreumáticos, diuréticos, estimulantes e laxantes.



Vitaminas

Entre as vitaminas presentes no chimarrao temos a vitamina C (ácido ascórbico), a vitamina B1 (tiamina), a vitamina B2 (riboflavina), o ácido nicotínico, a vitamina A.



O chimarrão em prol da saúde

Com mais de duas dezenas de minerais e vitaminas em sua composição, a erva-mate presente no chimarrão tem poderes de rejuvenescimento porque inibe a destruição do colágeno. Além disso, a erva-mate possui saponinas que aumentam a defesa do organismo, mantendo-o mais preparado para combater as infecções.

Considerada o novo chá verde, a erva-mate pode ser usada em prol da saúde e beleza.

A erva-mate, segundo institutos de pesquisas internacionais, é um tônico estimulante do coração e do sistema nervoso: elimina os estados depressivos, conferindo ao músculo maior capacidade de resistência a fadiga, sem causar efeitos colaterais. Após estudos realizados sobre os efeitos fisiológicos exercidos pela erva-mate concluíram: O emprego da infusão aumenta as forças musculares, desenvolve as faculdades mentais, tonifica o sistema nervoso, regulariza e regenera as funções do coração e respiração, facilita a digestão e determina uma sensação de bem estar e vigor no organismo, sem acarretar depressões ou qualquer efeito colateral no organismo, como a insônia, palpitações ou agitações nervosas provocadas por outras bebidas similares, permite como bom alimento (natural) que sejam suportadas as fadigas e a fome.

Benefícios

Além de saborosa, a erva-mate é repleta de características nutricionais. Tem vitaminas e minerais, é uma das fontes mais ricas em ácidos fenólicos - que são um composto químico que aparece naturalmente em alimentos de origem vegetal e responsáveis pelo sabor amargo e adstringente - e ainda são capazes de combater os radicais livres, que prejudicam o bom funcionamento do organismo. Pesquisas realizadas recentemente nos Estados Unidos mostraram que as propriedades antioxidantes da bebida exercem um efeito protetor direto nas células. Também revelaram que a erva-mate é capaz de inibir o processo de oxidação do mau colesterol (LDL), prevenindo doenças cardiovasculares, câncer e envelhecimento precoce.

A bebida que é sinônimo de tradição

A erva-mate é bastante utilizada no Sul do Brasil, onde costuma ser parte integrante da cultura local, na forma do bom e velho chimarrão. Ou no Centro-Oeste, onde é macerada e consumida em água fria ou gelada, no chamado tererê.





A erva-mate é rica em ácido pantotênico, encontrado em menor escala na tão propalada geleia real das abelhas, muito procurada pelas características medicinais que possui.

A escolha de um bom chimarrão

Um chimarrão gostoso e saudável começa com a escolha de uma boa erva-mate que deve apresentar um verde vivo e homogêneo, sua consistência deve ser leve e solta e seu sabor deve ser o doce amargo.

>> A erva-mate teve sua origem numa tribo de índios Guarani. É a Ilex paraguari-ensis observada pelos soldados espanhóis que, ao tomar esta bebida no dia seguinte aos porres intensos, a ressaca proporcional era aliviada tomando a erva-mate. A partir daí, começaram a transportá-la pelo Rio Grande nas suas garupas. Logo surgiram a cuia e a bomba, que primitivamente era feita de bambu.

Origem do chimarrão

A erva-mate, cujo nome científico é Ilex paraguariensis, é encontrada principalmente no sul do Brasil e norte da Argentina.

O chimarrão é uma bebida genuinamente nativa, sendo o mais antigo e tradicional dos hábitos gauchescos.

A origem do chimarrão está ligada ao hábito dos índios guaranis, que sorviam uma bebida feita com folhas fragmentadas, tomadas em um porongo por meio de um canudo de taquara, herança, segundo a tradição, do deus Tupã. O hábito do consumo foi fortalecido e expandido pelos espanhóis e jesuítas.