24 de fevereiro de 2012

Roadwin 250R: Moto compacta com apelo esportivo


Roadwin 250R: Moto compacta com apelo esportivo

09 de Fevereiro de 2012

Aladim Lopes Gonçalves
Resultado de uma parceria da brasileira Dafra com a coreana Daelim, a Roadwin 250, produzida em regime CKD, em Manaus (AM), chega aos concessionários da marca pelo preço sugerido de R$ 12.490 com a promessa de proporcionar um forte apelo esportivo em uma moto urbana. O modelo também representa a entrada da empresa no mundo dos motores 250cc, conforme afirmação do presidente da Dafra, Creso Franco,  na apresentação da Roadwin 250, na pista da Fazenda Capuava, na região de Campinas (SP).
“Com esse lançamento estamos ampliando o line up de produtos da Dafra, oferecendo ao consumidor uma moto 250cc esportiva, e ao mesmo tempo estamos dando nossa contribuição para que mais pessoas tenham acesso a motos com uma concepção mais esportiva”, destaca o executivo.
De fato, o novo modelo da Dafra tem uma missão e tanto. Diante de concorrentes de mesma cilindrada, como Kawasaki Ninja 250R, Kasinski Comet GT 250R e, logo mais, próximo do segundo semestre, da Honda CBR 250R. Vale ressaltar que, apesar de terem a mesma cilindrada, a Roadwin tem motormonocilíndrico, enquanto Ninja e Comet têm propulsores bicilíndricos. Portanto, o embate na esfera técnica deve ficar para mais adiante, com a chegada da compacta esportiva da Honda.
Se a Roadwin 250, equipada com uma carenagem generosa, mas com seu motor um cilindro de 247 cm³, refrigeração líquida, duplo comando no cabeçote e injeção eletrônica, capaz de produzir 24 cv de potência a 9.000 rpm e torque de 1,90 kgf.m a 7.000 rpm, pode não surpreender em termos estritos de performance, por outro lado, oferece uma condição de pilotagem confortável e com forte apelo visual de esportividade. Aspecto que pudemos comprovar durante os testes na pista.
Diante do guidão da Roadwin 250, a sensação é de estar em cima de uma motocicleta até um pouco maior, ilusão óptica causada pela farta carenagem do modelo. O próximo passo é só dar a partida e sentir como o seu comportamento em movimento. O motor monocilíndrico soa um tanto silencioso e não é muito de resposta rápida na partida se você não acelerar mais vitalidade. Até parecia que a embreagem estava “baixa”. Para uma saída mais vigorosa é preciso acelerar com vontade.
Mas para o piloto captar mesmo a sensação de esportividade da Roadwin 250, além de acelerar com mais energia, também é necessário “esticar” a passagem de marchas no câmbio de cinco velocidades. Isso porque o motor 250cc dessa compacta esportiva mostra mais resultado nas faixas de rotações mais elevadas. Abaixo de 4.000 rpm o seu comportamento é bastante tímido. Com trocas de marcha na faixa de rotação do torque máximo (7.000 rpm) a postura muda bastante e tudo fica mais divertido.
Nessa condição, o panorama de pilotagem surpreende e seu conjunto estrutural e de rodagem é firme e estável, permitindo um grau de aderência para a realização de curvas com boa margem de segurança. O cavalete central foi o item que mais sofreu durante as inclinações e manobras. O sistema de freios (duplo na dianteira e simples na traseira) agradou pelo seu nível de eficiência bem dimensionado para a moto. A velocidade máxima anunciada para a moto é 130 km/h.
Ainda falta descobrir qual vai ser a postura da Roadwin 250 na hora de encarar as dificuldades do trânsito urbano, já que o modelo tem vocação de street. Se o comportamento do motor ainda é uma incerteza nesse sentido, um aspecto positivo para a moto é a sua condição favorável de pilotagem. Com guidão mais elevado e próximo do piloto, além da suspensão bem calibrada e assento macio, a impressão que se tem é que é possível rodar por horas a fio sem muito desgaste para o piloto.
A Roadwin 250 pode ser uma promessa e tanto no segmento de esportivas compactas pelo seu preço abaixo das concorrentes, posição de pilotagem confortável e forte apelo visual, incluindo carenagem generosa, painel de instrumentos com conta-giros analógico, velocímetro digital e display com marcador de combustível, hodômetro e relógio.
A traseira remodelada pela engenharia da Dafra também complementa o belo esquema visual da moto, com o detalhe moderno da lanterna com LEDs. De acordo com a Dafra, a expectativa de vendas para o modelo é de cerca de 300 unidades por mês. A moto pode ser encontrada nas concessionárias nas cores vermelho e branco. A garantia concedida é de um ano.
FICHA TÉCNICA
Motor: Monocilíndrico, 4 válvulas, DOHC, refrigeração líquida
Capacidade cúbica: 247 cm³
Potência: 24 cv 9.000 rpm
Torque: 1,92 kgf.m a 7.000 rpm
Câmbio: 5 velocidades
Alimentação: Injeção eletrônica KEFICO
Quadro: Berço duplo em aço
Suspensão dianteira: Garfo telescópico convencional
Suspensão traseira: Balança monoamortecida
Comprimento: 2.025 mm
Largura: 778 mm
Altura: 1.180 mm
Distância entre eixos: 1.390 mm
Altura do banco: 780 mm
Tanque de combustível: 15 litros
Peso (em ordem de march): 173 kg
Freio dianteiro: Duplo disco de 290 mm de diâmetro com pinças de dois pistões
Freio traseiro: Disco simples de 220 mm, com pinça de dois pistões
Pneu dianteiro: 110/70 – 17
Pneu traseiro: 130/70 – 17
Cores: Branca e Vermelha
Preço Sugerido: R$ 12.490
Fotos: Aladim Lopes Gonçalves, Marcio Viana e Divulgação


Fonte:
Equipe MOTO.com.b
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Motos Premium ao seu alcance



Motos Premium ao seu alcance

13 de Fevereiro de 2012

Carlos Bazela

O brasileiro está comprando mais e também está cada vez mais otimista quanto a isso. Segundo pesquisaDatafolha divulgada no início deste ano, para 41% dos entrevistados, o poder de compra irá aumentar nos próximos meses, número maior do que os 33% que tinham esse mesmo palpite em junho do ano passado. Com a economia favorável e muitos brasileiros ascendendo em classes sociais, pode-se dizer que o nosso mercado se tornou uma verdadeira meca para as chamadas marcas Premium. Jóias, roupas de grife e carros de luxo passaram a ser vistos com mais frequência em nosso cotidiano.
Com as motos não poderia ser diferente. De acordo com dados dos emplacamentos de motocicletas, em 2005 foram 15.087 motocicletas vendidas com motorização acima de 500cc. Esse número saltou para 45.767 unidades em 2011. Desta forma, marcas do mundo todo iniciaram suas movimentações para firmar o pé por aqui e garantir a sua fatia do bolo.
Foi o que aconteceu com a norte-americana Harley-Davidson, por exemplo, que iniciou oficialmente suas operações por aqui no ano passado, eliminando o distribuidor intermediário. “Com o crescimento da economia brasileira, a Harley-Davidson estabeleceu sua própria subsidiária em São Paulo e passou adesempenhar um papel mais direto e ativo em suas operações no mercado brasileiro”, explica Longino Morawski, diretor da Harley-Davidson do Brasil.
E isso está dando certo? Os números falam por si. Em um ano, a marca já conta com mais de 750 motos vendidas do modelo Dyna Super Glide Custom, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Um montante respeitável, considerando-se que estamos falando de uma moto que custa, em média, R$35 mil. Além dela, a marca americana anunciou que este ano terá disponíveis para o público brasileiro outros 18 modelos, incluindo a CVO Ultra Classic Electra Glide, que custa R$104,9 mil. Ao todo, a Harley-Davidson vendeu 4.322 unidades em 2011.
Mercado de ouro
Mais uma prova do bom momento das motos Premium no Brasil foi a chegada da italiana MV Agusta. Com sede em Varese, a marca inaugurou aqui a única linha de montagem fora da Itália. Assim, no final do ano passado, começou a produção das duas versões da naked Brutale e da superesportiva F4 na fábrica da Dafra, em Manaus (AM). “As negociações [entre MV Agusta e Dafra] começaram um ano antes do anúncio oficial da chegada da marca e o plano sempre foi montar as motos aqui”, afirma Marcus Vinicius Santos, gerente da MV Agusta.
Ao investir em uma linha de montagem nacional, a marca italiana também abriu mão dos contratos com importadores independentes, o que reduziu consideravelmente os custos. Uma F4, por exemplo, chegou a bater a casa dos R$ 100 mil quando era importada e agora sai por R$ 68 mil, enquanto as versões “brasileiras” da Brutale R e RR são vendidas por R$ 52 e R$ 60 mil, respectivamente.
Outra marca que, aliás, inaugurou esse mesmo sistema de linha de montagem é a BMW Motorrad. Também parceiros da Dafra, a marca produz hoje em Manaus três modelos e importa outros nove. Dentre eles, a superesportiva BMW S 1000 RR, cuja versão de entrada custa R$ 61,4 mil e fechou 2011 com 631 unidades vendidas no Brasil, segundo a Fenabrave. "De 2007 para 2011 tivemos um crescimento de sete vezes em volume de vendas”, Henning Dornbusch, presidente da BMW do Brasil, que apenas com esse modelo faturou mais de R$ 38 milhões.
Sobre o mercado, comemora: a felicidade com os números do mercado brasileiro vai ainda mais além. No último Salão Duas Rodas, em outubro passado, a BMW apresentou mundialmente a G 650 GS Sertão, quarto modelo montado em Manaus, que também será produzida em Berlim, na Alemanha e exportada para toda a Europa com a mesma nomenclatura. “O Brasil ocupa a sétima posição nas vendas mundiais da BMW, mas estamos em ritmo acelerado para ocuparmos o sexto lugar”, revela Rolf Epp.
Quem compra uma moto dessas?
O perfil do consumidor que adquire uma motocicleta Premium costuma seguir os mesmos padrões de cliente que tem outros produtos das mesmas características. “Normalmente ele é jovem, tem entre 30 e 50 anos e compra à vista”, diz Sérgio Augustus Silva, gerente de vendas da concessionária Intercar MV Agusta. Conhecer bem o produto também é mais do que essencial para quem está atrás do balcão. “Setenta por cento dos clientes que vem aqui para comprar uma F4, por exemplo, já conhecem a moto”, confirma Silva.
Cláudio Conte, gerente comercial da Caltabiano BMW Motos, não vê a idade como um grande diferencial: “Não temos um padrão. A gente vende para clientes de 19 a 50 anos”. Entretanto, ambos concordam quanto a necessidade do vendedor ser bem preparado nesse mercado. “Excelência em atendimento é essencial. Aqui, nós não vendemos apenas a moto que o cliente quer. Nós vendemos a moto que vai atender às necessidades dele”, diz.
Tradicional no ramo de automóveis, o Grupo Caltabiano representa marcas de luxo como Mini, Volvo, Mercedes-Benz, Chrysler e, hoje, conta também com lojas da BMW Motorrad, sendo a primeira delas localizada no endereço mais exclusivo de São Paulo, a Rua Oscar Freire. “O mercado de motos de luxo está acompanhando o crescimento do mercado nacional”, afirma Conte. O Grupo Caltabiano também se consagrou como o maior revendedor de motos da marca no mundo, com um total de 1009 unidades vendidas, ultrapassando a italiana Roma BMW, antiga campeã invicta.
Quem também resolveu pegar carona no mercado das motos de alto padrão foi o Grupo Auto Star, que acrescentou a Harley-Davidson ao portfólio de marcas que já contava com BMW Automóveis, Land Rover, Volvo e Mini. Nesse caso, o representante aliou o perfil sofisticado do público com a paixão pelo ícone das duas rodas. Ou, como diz o diretor Maurício Portella, “O consumidor Harley-Davidson puro, que tem o desejo e o sonho somente concentrado nas motos da marca americana”.
Preparadas para vender
Com o mercado brasileiro de consumidores Premium despertando tanto interesse, a concorrência seria inevitável. Portanto, para vender mais, as marcas se armam como podem. É o caso da Honda, que no final do ano passado criou o conceito “Dream”, que engloba atendimento diferenciado nas concessionárias na hora da venda e do pós-venda de motos acima de 450cc. “Nessa nova abordagem da Honda para o segmento acima de 450cc, sabemos que a venda é apenas o início do nosso trabalho”, afirma Ricardo Susini, gerente de vendas da Moto Honda da Amazônia.
Além de já contar com 73 revendas habilitadas com o conceito Dream, a marca japonesa investe pesado em novos modelos. Apenas em 2011, a Honda trouxe a big trail XL 700V Transalp, a sport touring VFR 1200F, a CBR 600F, e a naked CB 1000R. As novas motos integram o portfólio de maior cilindrada ao lado das veteranas CBR 600RR, CBR 1000RR CB 600F Hornet e GL 1800 Goldwing. Mas vale ressaltar que a Honda deverá apresentar muitas novidades para o segmento Premium. “Liderança é o objetivo. Trabalhamos para ser líder em tudo. A Honda quer a liderança absoluta. Queremos 50% mais 1 do mercado”, finaliza Susini.
Novos modelos também é a estratégia da MV Agusta, que já estuda trazer a superesportiva F3 e a Brutale 675, modelos recém-lançados na Itália. “Os modelos de média cilindrada tem sido um diferencial para a MV Agusta como um todo e estamos planejando traze-las no começo de 2013”, diz Marcus Vinícius, gerente da MV Agusta.
Já Ricardo Suzuki, Gerente de Planejamento da Kawasaki, está mais tranquilo quanto à concorrência. “Cada marca tem a sua cara e seu consumidor fiel. Por isso, é mais importante para nós na Kawasaki ter um produto de qualidade para oferecer a ele”, conta. Assim sendo, tem mercado para todo mundo, uma vez que as motos de alto valor agregado ainda é um segmento que mexe com o imaginário do consumidor: “Moto ainda é uma compra emocional”, conclui Suzuki. E você, que sempre sonhou com uma máquina dessas, já escolheu a sua moto Premium? Opções não vão faltar.
Fotos: Divulgação


Fonte:
Agência Infomoto