9 de agosto de 2009

Moto: Viver sem ela ou morrer com ela?

Moto: Viver sem ela ou morrer com ela?

Peço desculpas aos milhões de leitores que acompanham minha coluna!!!. Estou atrasado, sei disso. É que nos últimos dias tivemos muito trabalho em nossa empresa, e tenho que trabalhar se quiser continuar viajando de moto. É a vida!

Li dias atrás uma coluna do Reinaldo, aqui no MOTO.com.br, onde ele contava sobre a trágica morte de um irmão motociclista, seu amigo. Bem nesses dias aconteceu aquele fato das 'bikes' que atropelaram os policiais em São Paulo, acabando em morte. Triste acidente.

Tudo isso me faz pensar sobre qual o objetivo de termos nossas motos. Eu não sei sobre você, mas para mim, elas servem como lazer e não como instrumento de suicídio ou causador de acidentes.

Tenho moto há mais de 20 anos, e nunca até hoje tive um acidente grave. Quando tinha 16 anos caí 2 vezes, mas de bobeira (era o meu primeiro ano com moto, então, dê-me um desconto).

Alguns me chamam de 'coxinha', pois minha média para viajar é de 120 a 140 Km/h, quando a estrada assim permite. São raras as vezes que passo disso, ou dou uma 'espichada'. E nem adianta querer dizer que a moto não leva à isso, pois a velocidade final real da FJR 1300 é de 245 Km/h aferidos. Ou seja, uns 270 Km/h no velocímetro.

Esses acidentes, muitos causados por terceiros, mas muitos causados pela imprudência do motociclista, poderiam ser evitados se todos tivéssemos o bom-senso de não querer quebrar recordes de velocidade.

Veja um caso: Tenho um amigo que 'destruiu' três CBR-1000 em um ano. Isso mesmo, três. Perda total em todas. E acho que na maioria dos casos ele estava 'um pouco para lá de Bagdá'. Além da alta velocidade, claro!

Na última vez, perguntei para ele "Fulano, você quer se matar? É isso? Porque não tem outra explicação." e complementei "Cara, a moto é para nosso lazer, para curtirmos, não para ficarmos andando a 300 Km/h e colocando em risco a nossa vida e a vida dos outros".

É como no caso de São Paulo, com os policiais. Em fóruns que participo, muitos irmãos motociclistas comentam que depois daquele acidente, a polícia mudou completamente com os motociclistas, sendo mais duros, mais exigentes e até em alguns casos preconceituosos. Os bons pagam pelos erros dos outros.

Atualmente várias marcas estão fazendo "Racing Day's" e afins. Se você quer andar mesmo, vá para um autódromo. Tenho um amigo que começou fazendo um curso de pilotagem e hoje corre em campeonatos (ele é conhecido como Pato Branco). Faça isso se você quer mesmo andar bem.

Claro que as vezes até os mais 'prudentes' cometem erros. Foi isso que aconteceu comigo há cerca de 1 ano atrás.

Eu estava viajando para Gramado/Canela de moto. Andava a uns 120 Km/h. De longe avisto um ônibus escolar, andando devagar. Quando abro para podar, vejo que tem um trevo à frente. Cálculo que daria tempo. Quando estou 'ao lado' do ônibus, ele abre para podar um caminhão, sem nem tomar conhecimento da minha presença.

Para não dar em 'cheio' nele, abri para a esquerda. Mas tem o trevo. Penso rapidamente em entrar no trevo na contramão, mas eu cairia pela velocidade da moto. Única alternativa seria 'subir' o trevo. Firmo o volante, freio com tudo (a FJR tem ABS), miro bem e me preparo para o impacto.

A altura do 'meio-fio' era da altura da minha bota, ou seja, até a minha canela. A valente FJR se saiu bem. Roda dianteira quebrada, roda traseira também, baú quebrado, mas a moto nem caiu. Parou em pé. Lição duramente aprendida: Nunca mais tentei aproveitar ultrapassagens em trevos, mas continuo sem acidente grave e quero permanecer assim até o final da minha carreira.

E você? O que pensa de tudo isso? É a favor ou contra andar 'com o cabo enrolado'? Prefere viver sem ela ou morrer com ela?

Forte abraço e bons caminhos !

Eldinei "P.P." Viana
ppviana@gmail.com
www.viajantesolitario.com.br



Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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