8 de agosto de 2009

Honda DN-01, Uma revolução de Conceitos!!

Honda DN-01

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Como protótipo que era quando foi vista pela primeira vez, a DN-01 é uma moto diferente, estranha em alguns aspectos, mas bem real e desenhada para um mundo real. São cada vez mais os motociclistas que procuram motos que os libertem de algumas “obrigações” da condução, e que proporcionem momentos de descontracção onde apenas importa o desfrutar das sensações, o contacto directo com o meio que nos rodeia.

Os automatismos e auxiliares electrónicos são bem vindos, para nos auxiliar na condução e deixar-nos menos preocupados com alguns aspectos, sem que diminuamos o nível de segurança. Para tal, é necessário que estejamos perante uma moto extremamente fácil de conduzir, que não exija de nós grandes conhecimentos de pilotagem e que tenha um comportamento neutro.

A DN-01 responde a todas esta exigências na perfeição, acrescentando uma imagem muito particular e que, no mínimo, é marcante. Esta cruza vários conceitos, desde o custom e passando pelas scooter, tudo polvilhado com ares de moderno e clássico. O resultado é uma estética que provoca as mais diversas reacções nas pessoas, despertando nelas a atenção para detalhes únicos.

O desenho baixo da DN-01, como o de uma custom, convida os menos afoitos a tomarem os seus comandos, uma clara intenção da Honda neste projecto. Esta é uma moto feita tanto para motociclistas experientes mas com uma forte componente para atrair novos utilizadores, ou trazer de volta os que há muito deixaram de lado as “andanças” das duas rodas.

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Para além do desenho


Sem dúvida que a imagem da DN-01 trabalha muito bem para fazer as atenções recaírem sobre si, mas não é só na estética que esgrime atributos de distinção. No que respeita à mecânica, baseada no bicilíndrico em “V” que serve tanto a Transalp como a Deauville, destaca-se fundamentalmente a transmissão secundária que assenta num sistema automático. Este sistema é totalmente novo, nada tendo a ver com os variadores, mais ou menos evoluídos, utilizados pelas scooter. O HFT (Human Friendly Transmission) é um sistema hidráulico-mecânico de controlo electrónico, com embraiagem hidráulica, que garante a variação da relação entre o motor e a roda traseira de várias formas. Existem três modos de utilização para ele, dois automáticos, “Sport” e “Drive” e um “Manual”, que servem todos os propósitos para uma utilização comum e são capazes de se moldar um pouco às nossas vontades de cada momento.


Ao sentarmo-nos na DN-01 somos de imediato envolvidos num sentimento de descontracção. A frente longa, o assento baixo e confortável e a colocação dos pés bem lá para diante conluiem para nos trazer calma. O motor em funcionamento transmite uma leve vibração, que se dissipa assim que ganha um pouco de rotação, transformada num gorgolejar rouco de escape. Mais audível e agradável do que o esperado. Enfim, temos o cenário perfeito para nos movimentarmos de forma pausada de casa para o café, aproveitando para dar a volta mais longa à cidade, percorrendo a avenidas mais movimentadas. Queremos ver e ser vistos. O Lago Como em Itália, nas imediações de Milão, é o sítio perfeito para este exercício, motivo pelo qual a apresentação da DN-01 decorreu aqui.

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Em movimento

A “caixa” segue em “D”, mantendo a rotação relativamente baixa e fazendo a DN-01 rolar de forma solta, sem grandes entusiasmos mas pronto a deixar passar o seu binário de forma fluida. Se que queremos uma resposta mais rápida, para fazer uma ultrapassagem ou apenas porque nos apeteceu acelerar de forma mais rápida basta passar a “caixa” para “S”.

O motor sobe imediatamente de rotações e a toada da DN-01 também. Não é uma mudança radical, mas as “coisas” ficam mais vivas. Viveríamos felizes com estes dois modos, mas a Honda achou que deveria colocar um modo “manual”, no qual podemos alternar entre 6 relações pré-definidas. A escolha de cada rotação é limitada pela gestão, não deixando que seleccionemos relações erradas para a velocidade, por excesso de rotação ou rotação a menos. Utilizámos, não desgostámos, mas totalmente automático pareceu-nos bastante mais eficiente e, acima de tudo, prático. Prático mesmo é deixarmos de ter de nos preocupar com a manete da embraiagem e selector de velocidades.

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No que respeita ao comportamento dinâmico da DN-01 a agilidade surpreende, numa moto que pesa 270 kg a cheio, mas o segredo está no baixo centro de gravidade. Mas, mais surpreendente é a neutralidade das suas reacções, embora se note, em condução mais empenhada, que tende a abrir um pouco as trajectórias, natural para este tipo de configuração. A distância ao solo é reduzida e é aqui que encontramos as maiores limitações em estrada de montanha, já que tanto a ciclística com a travagem estão num excelente patamar. Esta última beneficia bastante do sistema combinado Dual-CBS e ABS. As suspensões funcionam bem, macias quanto baste para serem confortáveis e para manter algum controlo. Atrás têm um curso interessante para não serem secas.

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Na vanguarda

A DN-01 é de facto um exercício de estilo e técnica muito bem conseguido, que passou de forma natural para produção. É uma moto muito prática e agradável de utilizar, perfeita para quem quer estar nas duas rodas de uma forma diferente, distinta, com estilo e tecnologia de vanguarda.


Câmbio da Honda DN-01 quer ser melhor amigo do piloto

Da Infomoto

Divulgação

Do protótipo, de 2005, à realidade, em 2008: por ora, só a DN-01 tem HFT

Do protótipo, de 2005, à realidade, em 2008: por ora, só a DN-01 tem HFT

Mostrada pela primeira vez, ainda como protótipo, no Salão de Tóquio em 2005, a nova DN-01 da Honda, que este ano passou a ser modelo de série da montadora nipônica, é o que podemos chamar de uma moto futurista. Não apenas por seu desenho nada ortodoxo, mas também, e principalmente, pelo fato de sua mecânica inovadora estar um tanto à frente do seu tempo.

O modelo ganhou destaque na mídia especializada graças a sua exclusiva transmissão automática HFT (Human Friendly Transmission, ou transmissão amigável aos humanos). Fruto de anos de estudos e desenvolvimento, o mecanismo é completamente diferente de qualquer outro visto hoje no mercado mundial, principalmente das transmissões continuamente variáveis com uma correia em "V", utilizada nos scooters.

Seu principal diferencial em relação aos sistemas convencionais está no modo como o câmbio trabalha. Pelo fato do HFT ser totalmente hidráulico, sem correias ou variador, como acontece com a maioria dos scooters, a embreagem hidráulica automática "altera" as relações de transmissão de forma continuamente variável (sem trancos, como nos câmbios CVT).

O sistema básico está numa bomba de óleo dentro da caixa de câmbio, que converte a potência produzida pelo motor em pressão hidráulica. Essa, por sua vez, atua diretamente num conjunto formado por pequenas engrenagens e êmbolos que, posteriormente, darão a pressão necessária para gerar a força motriz transmitida à roda da moto.

Na teoria o sistema pode parecer complexo, mas na prática trabalha de forma simples e oferece inúmeras vantagens para o condutor. Como destaque está o fato de o piloto poder selecionar, por meio de um pequeno botão no guidão, dois modos de funcionamento da transmissão automática: o "D" para a condução normal e o "S" para uma condução mais esportiva, com aceleração mais nervosa.

Modo manual e 'ponto morto'
E existe ainda um terceiro modo de transmissão, feito por uma caixa manual com comando elétrico. Pelo mesmo botão de seleção do modo automático, o piloto pode optar por trocar as marchas manualmente. São seis velocidades disponíveis, que, segundo a Honda, dão a sensação de se estar realmente mudando de marcha.

Outro ponto interessante é a possibilidade de se aplicar o "ponto morto". Nessa condição, o sistema de transmissão hidráulico fica completamente desligado, permitindo que o motor seja acelerado com a moto parada sem o acionamento dos freios. Segundo a Honda, o HFT foi igualmente concebido para passar a essa posição sempre que o motor se desligar, o que facilita as manobras em baixa velocidade.

Equipada com um motor bicilíndrico em V a 52º e cilindrada de 680 cc, com potência de 55 cv a 7.500 rpm, a DN-01 promete inaugurar uma nova era no mercado mundial de duas rodas. No futuro, existe a possibilidade do HFT estar presente em outros modelos da marca, como a Gold Wing. De certo, mesmo, é que toda essa inovação seguirá disponível, por enquanto, apenas na DN-01.

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